FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Cooperação em pesquisa tem como objetivo aumentar a participação do gás natural na matriz energética do futuro

A FAPESP e a BG Brasil, empresa do BG Group, anunciaram hoje (1/12) a criação do Centro de Pesquiesa para Inovação em Gás Natural, com sede na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Será um centro de classe mundial para investigação sobre o uso atual e futuro do gás natural com o objetivo de aumentar a sua participação na matriz energética e mitigar as emissões de gases de efeito estufa nas próximas décadas.

O Centro será coordenado por Julio Meneghini, professor da Poli-USP e por Alexandre Breda, gerente de Projetos Ambientais do BG Group. A proposta da Poli-USP foi selecionada no âmbito de chamada conjuntada FAPESP e BG Brasil. O investimento da FAPESP será de R$ 27 milhões e da BG Brasil, R$ 30 milhões. Cabe à USP uma contrapartida na forma de apoio institucional e administrativo aos pesquisadores envolvidos.

O anúncio da criação do Centro ocorreu em uma cerimônia na sede da FAPESP, em São Paulo, e contou com a participação do presidente e do diretor científico da FAPESP, José Goldemberg e Carlos Henrique de Brito Cruz, respectivamente; do reitor da USP, Marco Antonio Zago; do secretário adjunto da pasta de Energia e Mineração do Governo do Estado de São Paulo, Ricardo Toledo Silva; e de Adam Hillier, Chief Technology Officer do BG Group. A vice-diretora da Poli-USP, Liedi Bernucci, esteve presente na cerimônia.

“O aumento da competividade do Estado de São Paulo e da BG Brasil no âmbito global é o principal objetivo da criação do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás Natural. O Centro contribuirá para tornar a matriz energética brasileira, em particular a paulista, ainda mais alinhada às políticas que propiciem uma substancial diminuição das emissões de gases de efeito estufa”, diz Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

“A iniciativa foi desenvolvida em conjunto com a FAPESP para gerar inovação e pensar o uso atual e futuro do gás natural. Trata-se de um importante legado da BG Brasil para a academia e a indústria brasileiras, sendo este o primeiro centro dedicado à pesquisa e inovação em gás natural na América Latina e Caribe”, celebra Nelson Silva, CEO da BG América do Sul.

Orientado por três linhas complementares de pesquisa – Engenharia, Físico-Química e Política Energética e Economia – o Centro vai investigar a geração de energia com baixa emissão de carbono, o uso de gás natural como combustível para navios, a prevenção de emissões fugitivas de gás metano, a combustão avançada de gás natural, célula a combustível, a conversão de gás natural em matérias-primas para a indústria química, o desenvolvimento de uma cadeia de fornecimento de gás natural para áreas remotas, entre outros.

“Nossas linhas de pesquisa serão voltadas para o transporte e para o uso do gás, além da prospecção de novos insumos a partir dele”, adiantou Meneghini. Os projetos poderão, por exemplo, investigar especificamente processos de reforma do gás natural para produção de hidrogênio ou desenvolver células a combustível com alta eficiência energética e baixíssima emissão de CO2, ele acrescentou.

As pesquisas serão conduzidas em parceria entre pesquisadores da Poli, dos institutos de Energia e Ambiente (IEE) e de Química (IQ) de São Carlos, e da Faculdade de Direito, todos da USP, e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e engenheiros da BG Brasil.

O Centro de Pesquisa para Inovação em Gás também irá interagir com o Sustainable Gas Institute (SGI), uma parceria entre BG Group e Imperial College London, por meio de intercâmbio entre pesquisadores e estudantes, compartilhamento de informações e os resultados das pesquisas, além da promoção de seminários, conferências e workshops.

“Estamos ansiosos para ver as conquistas desse centro e satisfeitos em poder contribuir com a expertise do BG Group em gás natural. O gás natural é o combustível mais ‘limpo’ do ponto de vista ambiental entre os combustíveis fósseis e entendemos que pode exercer papel importante na matriz energética brasileira. No Centro será possível desenvolver pesquisa brasileira de classe mundial e proporcionar aplicações reais na indústria, como no pré-sal. Parabéns à USP e ao Professor Júlio pela proposta vencedora”, completa Adam Hillier.

A criação do Centro complementa iniciativas da FAPESP de apoio a pesquisas nas áreas de Energia e Ambiente: o Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), Programa FAPESP de Pesquisa em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA) e Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais.

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